Oi gurias! Hoje escreverei sobre os riscos promovidos pelo uso do anticoncepcional, principalmente os que contém drospirenona.
Eu uso o Yaz, aliás, usava, resolvi parar depois que conheci "ao vivo" uma mulher que teve trombose no cérebro devido ao uso do contraceptivo.
Sim, os riscos existem! Todo medicamento tem um risco, grande ou pequeno, eles estão lá e precisamos nos informar a respeito. Infelizmente, os médicos nem sempre nos orientam corretamente neste sentido. Muitos apenas prescrevem a receita e deu, nem querem saber de muita conversa. Isso aconteceu comigo quando troquei o Tamisa 20 pelo Yaz, consultinha médica de 1min.
Por isso, separei neste post um alerta da ANVISA a respeito.
Vamos lá?
Anvisa alerta sobre anticoncepcional com hormônio drospirenona
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) divulgou, um alerta para médicos e pacientes sobre reações adversas em mulheres que tomam anticoncepcionais com o hormônio drospirenona.
"Considerando estudos recentes publicados no 'British Medical Journal' e no sítio eletrônico do FDA (agência reguladora de remédios nos EUA), que sugerem um risco aumentado de formação de coágulos sanguíneos em mulheres que tomam anticoncepcional contendo o hormônio drospirenona, a Anvisa informa aos profissionais de saúde e pacientes que ainda não concluiu parecer definitivo sobre os mesmos, mas permanece acompanhando o assunto", diz o informe.
A substância está presente, por exemplo, nas pílulas mais vendidas pela Bayer --YAZ e Yasmin.
A agência mantém, até segunda avaliação, a comercialização desses anticoncepcionais no país e afirma que o perfil risco-benefício da substância continua favorável a sua utilização, desde que seguida a bula e sob supervisão médica.
O alerta orienta médicos a conversarem com seus pacientes sobre sinais e sintomas do tromboembolismo venoso e pulmonar. Pede ainda que os profissionais de saúde a informem à Vigilância Sanitária sobre reações adversas graves pelo uso da substância.
ESTUDO
O novo estudo divulgado pela FDA na quinta-feira (27) mostra que existe um risco maior de trombose venosa em mulheres que tomam anticoncepcional contendo o hormônio drospirenona, em comparação às que tomam contraceptivos mais antigos, à base de levonorgestrel.
A pesquisa analisou o histórico médico de mais de 800 mil mulheres norte-americanas que usavam diferentes métodos contraceptivos, entre 2001 e 2007.
Em média, aquelas que tomavam Yaz tinham uma chance 75% maior de sofrer trombose do que as que tomavam anticoncepcionais mais antigos.
No entanto, estudos recentes chegaram a conclusões diferentes sobre os riscos das novas pílulas anticoncepcionais.
Uma pesquisa publicada no início da semana passada, com mais de um milhão dinamarqueses, descobriu que mulheres que tomavam Yaz e outras medicações mais novas tinham o dobro de risco de trombose em relação às que tomavam o hormônio levonorgestrel. As descobertas foram divulgadas na terça-feira (25) no "British Medical Journal".
Outros dois estudos publicados em 2007, realizados como parte das exigências pós-comercialização da FDA e de reguladores europeus, não encontraram diferença no risco de trombose entre os dois grupos.
O presidente da comissão de contracepção da Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia), Rogério Bonassi, disse que as mulheres que tomam Yaz ou Yasmin não devem necessariamente interromper o uso da pílula.
"Numa população de jovens que não tomam pílula, há cinco casos de trombose venosa para cada 100 mil mulheres. Entre as que tomam anticoncepcionais à base de levonorgestrel, esse risco sobe para entre 15 e 20 casos para cada 100 mil. Já entre as jovens que tomam Yaz e Yasmin, esse número sobre para de 25 a 30 casos para cada 100 mil, segundo estudos. O número é muito parecido."
O especialista ainda explica que entre as grávidas, há 60 casos de trombose para cada 100 mil mulheres.
Os resultados precisam de comprovação científica para saber se a trombose venosa é um efeito desses anticoncepcionais ou se é igual a todos os outros, disse Bonassi.
"Qualquer pílula pode aumentar o risco de trombose, porém o risco absoluto é muito baixo."
Mulheres com histórico familiar de trombose, trombofilia, obesidade, sedentarismo e tabagismo têm risco aumentado.
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